Por que empresas familiares precisam de governança corporativa?

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Empresas familiares possuem desafios, realidade e cultura totalmente únicos e, ao implementar a Governança Corporativa, o principal fruto a ser colhido é a confiança entre os familiares e, consequentemente, em meio ao mercado, agregando ainda mais valor à sua empresa.

Há quem diga que não se deve misturar negócios com família – só de pensar na possibilidade, alguns sentem calafrios. Mas, se você tem nos acompanhado por aqui, já deve ter percebido que a união entre negócios e família, na realidade, está longe de ser complicada. Basta contar com o apoio de conceitos elaborados por experts no assunto, assim como rodear-se de profissionais com vasta experiência quando o assunto é empresa familiar.

Como você já sabe, o intuito da Família S.A. é empoderar as famílias empresárias, tornando-as admiradas, desejadas, respeitadas e lucrativas. Por isso, entre os 3 pilares essenciais para o sucesso, estabelecidos pelos co-fundadores e especialistas em empresas familiares Thiago Salgado e Josmar Bignotto, há a Governança Corporativa, a Diretriz Estratégica e a Gestão.

Podemos dizer que o conceito base, fundamental, para que haja equilíbrio e crescimento saudável em uma empresa com membros familiares em sua estrutura organizacional, é a Governança Corporativa. Importante saber que ele é disseminado através do IBGC, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, que há anos se dedica ao estudo do tema.

Mas o que, exatamente, nos propõe esse conceito? De acordo com o IBGC, governança corporativa é “o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.”. Ou seja, trata diretamente de todas as esferas de uma empresa, auxiliando seus líderes com as diretrizes – Transparência, Equidade, Prestação de Contas e Responsabilidade Corporativa – que devem ser seguidas para uma gestão equilibrada e assertiva. Conheça mais a fundo sobre o que diz cada uma dessas diretrizes, abaixo: 

  1. Transparência (Disclosure): o primeiro princípio preza pela confiança dentro da empresa. Orienta que devem ser disponibilizadas todas as informações necessárias aos interessados – e não somente as exigidas por leis e/ou regulamentos. Agindo sempre com transparência, os colaboradores e terceiros, conseguirão ver e sentir, no dia a dia, que a sua empresa é confiável e possui valores bem estabelecidos.

  2. Equidade (Fairness): dispõe das condições justas e igualitárias às quais todos os interessados (stakeholders) devem ser tratados, desde sócios, colaboradores, clientes, fornecedores até credores. Devem ser levados sempre em consideração os direitos, deveres, necessidades e expectativas de cada indivíduo. Condutas discriminatórias não devem ser toleradas sob hipótese alguma.

  3. Prestação de Contas (Accountability)enfatiza que os administradores da governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro e compreensível, responsabilizando-se pelas consequências de seus atos – e omissões, é claro.

  4. Responsabilidade Corporativa (Compliance): por fim, o quarto princípio traz o dever de zelar pela viabilidade econômico-financeira da companhia no curto, médio e longo prazos, tendo em vista seu modelo de negócio e diferentes capitais (financeiro, humano, intelectual, social, entre outros), garantindo sua longevidade.

Empresas familiares possuem desafios, realidade e cultura totalmente únicos e, ao implementar a Governança Corporativa, o principal fruto a ser colhido é a confiança entre os familiares e, consequentemente, em meio ao mercado, agregando ainda mais valor à sua empresa. A lógica por trás dos 3 pilares da Família S.A. segue essa linha de pensamento, propondo que:

A partir dos conceitos de Governança, é possível criar, rever e alinhar a Diretriz Estratégica da empresa familiar, criando seus princípios e orientando a Gestão para o alcance dos resultados e sonhos de toda a família envolvida nos negócios.

É importante dizer que os princípios direcionadores dos 3 pilares não são engessados, pelo contrário. Existem diversos tipos diferentes de empresas familiares, com modelos de negócio e objetivos próprios e, à cada uma delas, as diretrizes acima devem ser adequadas, de modo que sejam igualmente úteis e funcionais aos seus líderes e colaboradores. Contar com profissionais de fora da empresa na hora de implementar a Governança Familiar, a Diretriz Estratégica e alinhar a Gestão em sua empresa pode ser de extrema importância. De acordo com Thiago Salgado, uma pessoa de fora pode “ajudar de forma imparcial a mediar possíveis conflitos, a contribuir com opiniões de um outro ângulo, fazendo toda a diferença para os gestores tomarem as melhores decisões.”.

Existem, ainda, diversos fatores e atitudes que podem auxiliar o crescimento saudável, equilibrado e contínuo da sua empresa familiar – certamente falaremos sobre eles nos próximos artigos! – mas, a número 1 é a atitude positiva frente aos desafios e aprendizados que gerir uma empresa composta por membros familiares traz. Mas lembre-se: você não está sozinho nessa jornada! Quando podemos contar com a ajuda e empenho de parceiros dentro e fora da empresa, o caminho, com certeza, é mais leve e proveitoso!

Conte sempre com a gente.

Até a próxima!