Desequilibrando para equilibrar

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equilíbrio acomoda e o desequilíbrio incomoda, gerando, assim, energia, movimento e um novo patamar de conhecimento, desempenho e resultados.

Muito se fala sobre a importância do equilíbrio em todas as instâncias da vida. Mas será que ele, por si só, nos basta?

O termo “equilíbrio” quase sempre vem associado a alguma coisa boa; o desequilíbrio, geralmente associado a algo mau. Esse dualismo na prática não existe, por isso os considero como parceiros, dentro de um sistema entrópico, numa ordem de causa e efeito e governados pela lei da natureza de ação e reação. Ambos são relevantes para o processo de crescimento e desenvolvimento das empresas, de um projeto específico e até da sociedade inteira.

Dentro deste contexto, acredito que o equilíbrio acomoda e o desequilíbrio incomoda, gerando, assim, energia, movimento e um novo patamar de conhecimento, desempenho e resultados.

Quantas vezes ouvimos, em uma partida de futebol, alguém comentar: a partida está equilibrada (nada muda) ou aquele tal jogador ou técnico desequilibrou a partida (mudanças ocorreram)? Reações do outro time podem novamente equilibrar ou até superar o adversário…

É fácil encontrar exemplos cabíveis ao mundo de uma empresa familiar quando entendemos que é preciso “desequilibrar para equilibrar”. Como exemplo principal, destaco o conflito entre gerações – pais e filhos, avós e netos, entre outros. Uma situação em que ideias relevantes são debatidas e, de forma saudável, analisadas, é extremamente positiva. Ideias “conflitantes” não necessariamente serão ideias “ruins”, ou causarão um mal-estar aos envolvidos. Pelo contrário. Elas nos tiram da zona de conforto e nos fazem refletir. É preciso calma e sabedoria para ser um administrador de empresas – e, nesse caso, de familiares. Nessas horas, nossa maturidade é posta à prova. O lado bom é saber que, se você buscar conhecimento e puder contar com apoio de pessoas experientes ao seu redor, ao longo dos anos você somará diversas capacidades valiosas e extremamente úteis.

Perceba que a harmonia entre equilíbrio e desequilíbrio não estão presentes somente em meio às relações humanas. Observe que, na natureza, a energia dos ventos é gerada pelo desequilíbrio de temperaturas. Uma hidrelétrica gera energia a partir do desequilíbrio das águas. Um avião sobe e desce com base nos princípios do desequilíbrio. Nestes casos, o equilíbrio volta a ser o objetivo para em seguida um novo desequilíbrio gerar novas energias e novos movimentos.

Perguntas desequilibram, respostas equilibram… certezas equilibram, incertezas desequilibram. Os desafios representam o desequilíbrio e as conquistas, o equilíbrio; a repetitividade do processo representa a diferenciação.

A chamada “zona de conforto” é um estado de equilíbrio. A saída se dá pela utilização adequada de forças que conduzem a um movimento.

Empresa familiar com vida, que vibra, que aprende e se desenvolve, certamente possui líderes “desequilibradores”.

Nas relações entre empresas, estas forças estão associadas diretamente à construção de valores percebidos e relações significativas. Como um quebra-cabeças, os valores percebidos e as relações significativas se completam quando cultivados pelas mãos de líderes que provocam, motivam, instigam e acompanham. O mais importante é perceber, com perspicácia, o timing ideal para conduzir sua empresa ao movimento – sendo capaz de desequilibrá-la e equilibrá-la quando necessário.Comece sabendo qual é o objetivo de sua organização e como será seu planejamento para atingi-lo – acredite, isso será determinante para o sucesso de sua jornada.

E então…Vamos desequilibrar para equilibrar? Sair da zona de conforto e embarcar em uma jornada de transformação e evolução de sua empresa familiar?!

Conte comigo.

Um abraço.

Josmar Bignotto

Especialista, Consultor e Conselheiro de Empresas Familiares